Renovação por uma Eternidade Digna

Dinheiro é uma palavra de risco. Principalmente quando está ligada diretamente ao Flamengo. E nos incluímos dentro dessa força chamada Flamengo. Somos de massa, seguidores e seguidos, confundidos e fundidos com a Causa de todas as coisas. Somos mesmo, causa e efeito. Só sendo Flamengo pra entender isso.
E justamente por estarmos tão ligados ao Maior do Mundo, todo cuidado é pouco, porque sabemos de nossas capacidades de, num momento emergencial, auxiliar e suprir a Força Suprema. Se dependesse de nós, certamente que o Flamengo seria mais que uma força futebolística apaixonante. Ou de qualquer outro esporte que se valorize sob suas cores sagradas. Vimos a experiência do basquete campeão. Do volei feminino, igualmente vitorioso. Da ginástica olímpica, do remo do passado...
Se tivéssemos realmente uma gestão honesta, certo que seríamos financeiramente dez vezes maiores que o clube mais endinheirado do mundo. Seja qual ele for e de onde for...
Observem uma conta simples: somos atualmente, de forma comprovada e legal, mais de 35 milhões de torcedores no mundo. Todo mundo sabe disso. Que o Flamengo enfileira mais gente em sua torcida que a população total da Argentina. Fato consumado e ponto final.
Agora, digamos que dessas mais de três dezenas de milhões, apenas 1/3, sejam pessoas economicamente ativas, que tenham renda, sejam responsáveis por suas contas, etc. Se decidíssemos doar por mês - cada um de nós ativos - um real ao Clube, o Mais Amado iria faturar sem esforço, mais de 10 milhões de reais mensais.
Um mísero realzinho... no bolão todo, renderia 10 milhões! Dez milhões, amigo!
Então, multiplique esse valor irrisório e simbólico -que não dá pra tomar nem meia cerveja gelada - por cinco ou por dez. O valor continuaria simbólico e irrisório. Pra dez milhões de apaixonados torcedores-trabalhadores, que seria cinco ou dez reais à menos no orçamento? Generalizando, diria que esse valor não é nada. Claro que generalizando, pois sabemos que pra trabalhadores realmente humildes, qualquer um real faz falta na hora do pão das crianças...
Rapaz, seriam 50 ou 100 milhões na conta do Mengão, todo mês... E quem quisesse mais, que doasse mais... Já imaginou, irmão seguidor? Se algumas instituições financeiro-religiosas conseguem isso com condições muito inferiores e ocultas às nossas, por que não conseguiríamos?
Vou dizer porque. Porque com essa corja de ladrões e interesseiros melindrados que estão lá, nem eu -nem você- coçaria o bolso pra passar um centavo que fosse. Onde, diante de tamanha desorganização generalizada íamos confiar qualquer quantia que fosse? Ainda mais tendo Márcio Braga no leme, Kleber Leite nas beiradas e tantos outros menos conhecidos - mais igualmente nocivos ao nosso Querido Clube? Metidos em mesquinharias obcenas e promíscuas com Torcidas auto-entituladas 'Organizadas', com politicagens paralelas e perpendiculares, com péssima gestão de recursos - até razoavelmente interessantes...
Meu caro-único-leitor-amigo-torcedor-do-Fuderoso... precisamos concordar ainda que se os possíveis grandes patrocinadores do Flamengo, enxergassem alguma sombra que fosse de confiança para investirem sua grana na união de suas empresas com uma imagem positivamente vendável do nosso Amado, tenho certeza de que haveria leilão para serem patrocinadores únicos e vitalícios do Manto, em todos os esportes que abrigássemos.
Logo, é tudo muito justificável. Quem se arrisca? Ninguém. Nem torcedores e muito menos patrocinadores de peso compatível. No fundo, com aquela grana comentada lá em cima -a grana da torcida- o Mengão não precisaria nem de patrocínio particular. Poderia usar os espaços para a divulgação de campanhas sociais de vulto nacional e internacional... mas aí, o rumo do post mudaria muito de rumo.
É certo que as coisas vão muito além da simplicidade descrita nessa opnião em forma de artigo. A coisa é muito mais profunda e séria. Por isso mesmo, acho que deve ser cuidada por pessoas competentes, empresas sérias de auditoria e administração consagrada. Seria possível.
Bem, o fato é que há uma necessidade imediata de mudança total. Não apenas um limpeza: uma lavagem mesmo. Uma nova organização generalizada, onde o profissionalismo jogasse ao lado da honestidade. Aí sim, mostraríamos o respeito aos ídolos do passado, contratando-os para tarefas cabíveis às suas categorias. Adílio de volta à direção das bases, Zico presidente, Júnior diretor de futebol, Oscar no Basquete, Virna no Vôlei, Leonardo na gestão do Clube, Andrade no comando técnico, e tantos outros nos seus esportes específicos...
Hoje é impossível. Sonho, utopia. Mas amanhã... quem sabe?

Verdadeiras Saudações Rubro-Negras.
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